Menino de três anos é abandonado pelo pai dentro de ônibus que faz linha de Porto Alegre a Gramado

Homem confessou ter deixado o filho porque não teria condições de criá-lo, e disse que buscaria tratamento para dependência química. Criança se alimenta por sonda e, segundo a polícia, estava em condições de maus-tratos

Um menino de três anos, com deficiência e que se alimenta por sonda, foi abandonado pelo pai, na terça-feira (22), em um ônibus de turismo que faz a linha Porto Alegre-Gramado.

Conforme informações da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil, o homem, de 25 anos, embarcou às 17h em um ônibus da empresa Citral, junto do filho. O gerente de operações da rodoviária de Porto Alegre, Jorge Rosa, confirmou que o embarque foi feito de maneira legal, com os devidos documentos apresentados.

Durante o trajeto, o homem desceu em Três Coroas, na Serra, e deixou o filho sozinho, por volta das 19h. Ao perceber a criança abandonada, os ocupantes do ônibus acionaram os bombeiros e a BM.

Os bombeiros relataram que o menino estava assustado, sentado na poltrona do coletivo. Junto dele, foram localizados documentos e laudos médicos.

Polícia Civil conseguiu localizar o pai do menino por meio de imagens de câmeras de segurança, que flagraram o homem saindo da rodoviária, caminhando pelo centro em direção a uma clínica de reabilitação. Ele foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil da Taquara. O homem passou por audiência de custódia e permanecerá preso.

Tiago Boff / RBS TV
Homem desembarcou na Estação Rodoviária de Três Coroas, após abandonar o filho no coletivo.Tiago Boff / RBS TV

Em depoimento, o homem confessou que abandonou o filho porque não teria condições de criá-lo e disse que o deixou para tratar a dependência química. Ele também relatou ter criado a criança junto da mãe, mas que ela os teria abandonado.

Segundo a polícia, o menino foi levado ao hospital com febre, sujo e em condições de maus tratos e passa por exames. Até o final da manhã desta quarta-feira (23), permanecia internado, conforme o delegado titular de Três Coroas, Ivanir Caliari. O Conselho Tutelar e o Ministério Público também foram acionados.

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