Da idealização ao sonho: passos de liderança

Sisseg Soluções inteligentes em seguros é uma corretora de seguros da cidade de Veranópolis, onde no dia 20 de outubro de 2022, as alunas Kamilli Pilar e Maria Clara Gasparetto entrevistaram as sócias Silmária Cruz e Suélen Cruz e o tema, adivinhem… liderança.

 

FOQUINHA: Como é ter o próprio negócio?

SILMÁRIA e SUÉLEN: Ter o próprio negócio de fato é muito gratificante, mas é bem desafiador porque você deixa de ter algo fixo e garantido e passa a ter que programar a própria demanda, então pra mim, e acho que para Sú também, está sendo bem desafiador, mas, ao mesmo tempo, é incrível poder fazer o que a gente ama de forma mais livre. Porque você não tem aquele dinheiro certo todo mês, o que vai ter todo o mês de forma certa são as despesa. É diferente de quando você é empregado, você faz ou não faz, vende ou não vende, você vai receber igual no final do mês e, quando você é dono do seu negócio, você vai ter que correr atrás ou vai ficar sem rendimentos e na questão responsabilidade também muda muito, pois será muito mais cobrado e mais requisitado, mas será muito mais gratificante, principalmente na questão de reconhecimento e na multiplicação de ganhos.

 

FOQUINHA: A empresa de vocês foi algo planejado?

SILMÁRIA e SUÉLEN: Sim, foi planejado e tivemos um planejamento de pelo menos de 2 anos para conseguir concretizar a abertura da empresa. Originalmente iriamos ampliar para o nosso antigo trabalho, mas pelas circunstâncias impostas nas negociações de sociedade optamos por abrir um novo negócio, do zero, pois teria mais viabilidade. Estudamos o ambiente que a gente queria atuar, nos especificarmos e nos habilitarmos para que tivéssemos a aptidão necessária para estar trabalhando nesse segmento com excelência. Tivemos de nos reciclarmos e procurar novas formas de empreender em um mercado tão tradicional que é o de seguros, pois, por mais que tivéssemos anos de experiência, o mundo muda o tempo todo, novas demandas, novos mercados surgem e temos de estar antenados na movimentação de mercado, pois antes tínhamos uma visão de funcionárias e iríamos precisar ver tudo por outra perspectiva, criar nossas demandas e captar nossos clientes.

 

FOQUINHA: Como preparar os gestores para lidar com uma nova geração de colaboradores?

 

SILMÁRIA e SUÉLEN: Nós diríamos que, com empatia, hoje, percebemos conflitos de gerações e com elas conflitos de valores também. Temos desde pessoas que estão iniciando no mercado de trabalho com 30 anos até aquele que com 16 anos já estagiava pelo CIE. Então a personalidade e valores desses colaboradores muda muito e o desafio de um líder é nivelar o conhecimento, exigindo sim responsabilidade dos seus colaboradores, mas ensinando desde a política de trabalho da empresa que representa até a forma de trabalhar, se colocando de igual, criando um senso de equipe com o todo. Mas isso é algo bastante desafiador porque, na verdade, a gente nota que um movimento onde as pessoas estão vindo muito despreparadas para o mercado e as que deveriam ensinar cobram excelência sem ensinar, não criam o senso de responsabilidade aos demais por medo de perderem seus postos, gerando, assim, o desânimos por todas as partes e quem acaba sendo prejudicada é a empresa. E uma empresa ganha quando os colaboradores tem o sentimento de pertencimento por sua marca, pois vestem a camisa e entendem a importância da sua contribuição para aquela instituição.

 

FOQUINHA: Como identificar habilidade de liderança na contratação?

SILMÁRIA e SUÉLEN: A liderança eu acredito que você vai identificar  através das atitudes do candidato, através do comprometimento que teve com os demais lugares que trabalhou ou pela forma que a pessoa vende o próprio peixe, tem muita gente que não faz ideia do potencial que tem, como tem gente que jura que é o melhor em sua área mas não dá “bom dia” ao porteiro. Em uma possível experiência observar a forma que ela lida com os colegas dela, pois não adianta ser uma pessoa com um curriculum espetacular, que tenha a melhor habilidade técnica, se não for uma pessoa sociável, que tenha empatia com os demais não terá um bom desempenho como líder, pois líder é quem lidera, conduz um grupo a uma função com excelência. Ele ensina, mostra como faz e corrige, onde precisa corrigir, cria empatia com os colaboradores que se sentem pertencentes aquela instituição e, assim, nasce uma equipe.

 

FOQUINHA: Quais eram os sonhos de vocês quando jovens?

SILMÁRIA: O meu sonho de verdade era ser fisioterapeuta e não rolou, eu cheguei na faculdade e desisti. Encontrei outra coisa que fez meu peito vibrar ao estudar marketing, me encantei com curso.

SUÉLEN: E o meu sonho era ser farmacêutica mas esses cursos, na nossa época, eram cursados durante o dia e também são cursos que custam muito dinheiro e a falta de grana acabou pesando bastante para a gente, pois tínhamos que trabalhar para poder ajudar em casa no sustento da família e então a gente acabou optando por outras áreas que conseguisse cursar a noite e possibilitassem bolsas de estudo para que continuássemos a trabalhar de dia para ajudar em casa e cursei administração.

 

FOQUINHA: Quais conselhos vocês dariam para os jovens que querem ter seu próprio negócio?

SILMÁRIA e SUÉLEN: Estudem e estudem o mercado que querem trabalhar, sobre o negócio que querem abrir, busquem e sejam curiosos. Ninguém teve sucesso sem perguntar ou sem se aprimorar. Sejam seletivos com os conselhos que escutam, principalmente de quem nunca construiu nada. Resiliência para quando acharem que está difícil, continuar. Vai ter dias que vai estar muito difícil e vai dar vontade de desistir, mas daí você deve ter em mente o porquê começou e nunca duvidar deste propósito. Você nunca deve desistir do seu sonho e você vai ter que entender que se o crescer e o evoluir é desconfortável não vai ser flores o tempo todo, mas, quando olhar para trás e ver o quanto construiu e o quanto cresceu, não vai ter nada melhor ou nada que pague o sentimento que vai vibrar em você!

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