Amor pela confeitaria de mãe para filha

A melhor escolha sempre é fazer o que se ama, e a história de Mariana Reche Coser e sua família mostra que os caminhos levam ao destino certo, que em alguns casos, está muito próximo. Ela foi criada por seus pais, Viviane Reche Coser e Gustavo Coser, juntamente com a irmã, Manuela, ‘dentro’ da padaria da família. Desde que nasceu, há 22 anos atrás, Mariana fez parte da história da padaria, prestes a completar 25 anos. 

Sua mãe, a Vivi, quando iniciou, “não sabia fazer nem uma nega maluca”. Ela foi autodidata, aprendeu na prática, a partir de receitas de revistas. Então, assumiu a confeitaria e o RH e o marido, o administrativo e pães.  E há mais de dez anos começou a trabalhar com pasta americana nos bolos artísticos, fez curso com um professor argentino e focou nestes trabalhos. 

Mariana saiu do Ensino Médio em 2014 com a certeza de que cursaria fisioterapia. E nessa época já ajudava a mãe com a parte artística. Então, fez o vestibular e cursou três meses, porém, precisou se afastar da universidade para operar a apêndice e acabou não retornando.  “Eu queria fazer fisioterapia, só que também queria continuar na padaria, mas não tinha como fazer as duas coisas. Se fosse fisioterapeuta precisaria tomar um rumo diferente, então, decidi cursar administração à noite e trabalhar turno integral na padaria”, relata, Mariana. Os pais nunca a pressionaram, pelo contrário, a deixaram livre com suas escolhas mesmo que, no fundo, o coração de mãe sentia que a filha possuía o mesmo dom pela arte de confeitar.

Vivi precisava incrementar e aprimorar seus trabalhos e quando a filha começou a ajudar surgiram muitas ideias, dentre elas a de criar uma marca da confeitaria artística. Depois de um processo especial de resgate do início da história, nasceu em agosto do ano passado: “Mari e Vivi Confeitando com Amor”. “Queríamos que as pessoas vissem que não era algo apenas comercial, mas que tinha muito amor envolvido. Por isso, pensamos na alma da marca: eu despertei aquele amor e ela nasceu no meio e sempre gostou”, relata.

 O início de Mariana foi observando e aprendendo até chegar no nível que estão hoje, de verdadeiras “cakedesigners”. Antes da criação da marca, mãe e filha realizaram curso para aprimorar técnicas. A maioria dos bolos são comestíveis e tudo é feito à mão. Para as confeiteiras, hoje não precisa de festa para ter bolo, o bolo em si é uma festa! Elas mesmo vibram com os trabalhos e cada uma tem sua identificação, Vivi com os bonecos e Mari com as pinturas por exemplo. Mas precisam estar juntas, há muita sintonia. 

O amor que a filha sente pelo que faz é perceptível diariamente: “quando estamos trabalhando, ela diz: mãe eu amo isso, não podia estar em um lugar melhor”, conta Vivi. Mariana, hoje, assumiu a confeitaria artística e esse é o seu foco 24 horas por dia. Ela é muito ativa nas redes sociais, com vídeos e fotos mostrando os processos de elaboração. Após a finalização da graduação, ela pretende cursar uma pós em confeitaria. 

A padaria que nasceu graças à muita dedicação do avô paterno de Mariana, Ernesto Coser (in memoriam), e de sua família, levou à neta a encontrar o seu caminho e hoje trabalhar junto com sua família, pai, mãe, irmã e avós maternos que também auxiliam. 

Comentários
Loading...
error: Conteúdo bloqueado.