Rio Grande do Sul enfrenta megadesastre de deslizamentos após chuvas intensas, aponta UFRGS

Veranópolis lidera número de áreas afetadas pelos deslizamentos

 

Em uma Nota Técnica divulgada no dia 29 de outubro, o Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) expôs os graves impactos das chuvas intensas que atingiram o estado entre abril e maio de 2024. O estudo, realizado por uma equipe de 50 especialistas entre professores, estudantes e técnicos, identificou e detalhou os deslizamentos de terra que deixaram “cicatrizes” em cerca de 18 mil km² do território gaúcho.

Conforme os dados, Caxias do Sul lidera em número de cicatrizes, enquanto Veranópolis registra a maior extensão de área afetada. Santa Tereza apresenta a maior densidade de cicatrizes por quilômetro quadrado, um indicador essencial para avaliar a vulnerabilidade da região.

O levantamento aponta os 60 municípios mais afetados, com destaque para Caxias do Sul (656), Veranópolis (636), Agudo (540), Bento Gonçalves (516) e Fontoura Xavier (485). Esses números refletem a escala do desastre que o estado enfrenta.

Para auxiliar no monitoramento e em ações de emergência, o mapeamento completo foi disponibilizado na plataforma digital “WebMapa de Movimentos de Massa para equipes de apoio na situação de calamidade / 2024”. A ferramenta pode ser acessada aqui e serve como um recurso fundamental para equipes de resposta emergencial e planejadores urbanos, ajudando a reduzir os impactos de futuros eventos climáticos.

A pesquisa evidencia a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a gestão de riscos naturais no estado. Com a crescente intensidade dos eventos climáticos extremos, estudos como este são essenciais para fundamentar ações preventivas e estratégias de resposta rápida.

Créditos: Acervo Pref. Veranópolis

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