A colheita da soja no Rio Grande do Sul avança de forma significativa, alcançando 80% das áreas semeadas na safra 2024/2025, estando 17% das lavouras em maturação e 3% em enchimento de grãos. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (24/04) pela Emater/RS-Ascar, a colheita é favorecida por condições climáticas estáveis, com predomínio de dias ensolarados e de tempo seco, o que contribuiu também para as operações de logística.
A sequência de dias secos reduziu os teores dos grãos de soja colhidos, que variou entre 12% e 13%, eliminando a necessidade de secagem nos pontos de armazenamento e, assim, acelerando o escoamento, atrasado pelas chuvas de abril. A baixa umidade nos grãos também viabiliza a reserva de sementes próprias para a próxima safra, as quais apresentam potencial qualitativo satisfatório, dada a sanidade das lavouras e a secagem natural em campo.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, o tempo seco proporcionou a intensificação da colheita. Em Uruguaiana, onde predominam lavouras irrigadas, principalmente no sistema sulco-camalhão, as produtividades variam de 1.200 a mais de 3.000 kg/ha, reflexo de falhas na irrigação, seja pela priorização do abastecimento das lavouras de arroz, seja por deficiências técnicas associadas a altas temperaturas durante o período reprodutivo. Na Campanha, em Hulha Negra, cerca de 40% das lavouras foram colhidas e as produtividades variam de 600 kg/ha (em áreas periciadas pelo Proagro) a mais de 3.000 kg/ha. Foram aplicados fungicidas em lavouras implantadas no final de janeiro. A dessecação tem sido necessária principalmente em áreas replantadas ou com baixa população, onde houve presença de plantas daninhas.