O Rio Grande do Sul foi o segundo Estado brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros no ano passado, com quase 500 mil visitantes, ficando atrás apenas de São Paulo. Já para as viagens nacionais, o Estado ficou em quinto lugar, depois de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O levantamento é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, que monitora informações básicas sobre o turismo doméstico.
O cenário é comemorado por lideranças do setor. Para o secretário estadual de Turismo, Rafael Ayub, a soma de esforços privados e públicos tem estimulado o crescimento.
— Os empreendimentos amadureceram bastante nesse período de pós-pandemia e têm sido vistos como um negócio, que geram empregos, renda e trazem desenvolvimento e valor agregado. O turismo é transversal, conversa com várias áreas, como meio ambiente, cultura e e agricultura — exemplifica.
Quase 40% dos entrevistados da pesquisa disseram que ficaram no destino de dois a três dias. O gasto médio com a diária foi de R$ 243. Recepcionista do Hotel Lote 20, nos Caminhos de Pedra, em Bento Gonçalves, Michel Chermont, conta que o estabelecimento aposta no turismo de experiência.
— A região do nosso hotel tem casas históricas, onde a gente vai ter várias histórias de famílias italianas que chegaram no Brasil, de onde vieram os vinhos, as especiarias e a comida italiana — relata.
O roteiro atraiu amigos do interior de São Paulo. O corretor de imóveis Cícero do Nascimento disse que o grupo veio para a região pela arquitetura e beleza.
— Parece que você não está no Brasil. O pessoal atende muito bem, então é muito aconchegante — avalia.
O estudante Fernando Oliveira Nascimento, que veio da capital paulista com a família, valoriza o contato mais próximo com a natureza.
— É ter um pouco mais de tranquilidade em relação à cidade, esse ritmo mais lento e a comida aqui da Serra é fantástica.
Diferentes públicos nas Hortênsias
Em Gramado e Canela são 6 milhões de visitantes por ano. O presidente do Sindtur das Hortênsias, Cláudio Souza, diz que o setor se movimenta para estimular o turismo internacional.
— Estamos trabalhando há alguns anos na Argentina, mesmo em feiras. Em Portugal também temos feito um trabalho. Então, aos poucos, a gente vai sentindo que esse trabalho vai dando resultado. Tivemos por muitos anos um público específico, que eram casais, depois casais da melhor idade. Agora, com os últimos investimentos, principalmente em Gramado e Canela, tivemos uma diversificação de público, onde conseguimos atingir crianças e a família inteira — comenta.
Fonte: Pioneiro