América Latina será a região com menor crescimento em 2025, diz Banco Mundial

Baixo investimento, dívida elevada e tensões comerciais freiam o avanço da América Latina, aponta Banco Mundial, que prevê crescimento tímido e manutenção da desigualdade na região.

A América Latina será a região com o menor crescimento a nível global este ano, com 2,1%, alertou o Banco Mundial nesta quarta-feira (23), ao destacar o baixo investimento, a alta dívida e a volatilidade global como obstáculos ao seu desenvolvimento. Em uma prévia de seu relatório sobre a América Latina e o Caribe, a organização financeira internacional expressa preocupação com as tensões comerciais causadas pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Nesse contexto, o Banco Mundial prevê um crescimento econômico regional de 2,1% neste ano e 2,4% em 2026. Porém, ao contrário do Fundo Monetário Internacional (FMI), não prevê uma contração econômica no México, mas sim uma estagnação. Até 2025, o Brasil deverá crescer 1,8%; a Argentina, 5,5%; Colômbia, 2,4%; Chile, 2,1%; Peru, 2,9%; Equador, 1,9%; Bolívia, 1,2%; República Dominicana, 4%; El Salvador, 2,2%; Costa Rica, 3,5%; Panamá, 3,5%; Paraguai, 3,5%; Nicarágua, 3,4% e Uruguai, 2,3%. No Haiti, espera-se uma contração econômica de 2,2%.
‘Tarifas mais altas e os maiores níveis de incerteza comercial em uma década impedem uma maior integração da região nas cadeias de suprimentos dos Estados Unidos e colocam em risco os empregos em indústrias relacionadas à exportação’, alerta o Banco Mundial.
Os acordos assinados pelo México e Mercosul com a União Europeia ‘representam um passo em direção à diversificação de mercados’, mas será necessário ‘atender a uma agenda pendente de décadas nas áreas de infraestrutura, educação, regulamentação, concorrência e política tributária’, aconselha.
O declínio da pobreza continua avançando, mas mais lentamente. As estimativas para 2024 indicam que a pobreza monetária caiu para 24,4% da população na América Latina e no Caribe, ante 25% em 2023. Mas o Banco Mundial espera que a desigualdade permaneça alta.
Fonte Agência Brasil
Foto divulgação
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