O feriado de Páscoa de 2025 no Rio Grande do Sul foi marcado por uma tragédia alarmante: dez feminicídios registrados entre 18 e 21 de abril, conforme reportado em fontes como o site poa24horas.com.br e agoranovale.com.br. Esses crimes, que ocorreram em cidades como Pelotas, Serafina Corrêa, Ronda Alta, Parobé, São Gabriel, Bento Gonçalves, Viamão, Santa Cruz do Sul, Feliz e Canoas, expõem a gravidade da violência de gênero no estado. A maioria dos casos envolveu ex-companheiros ou parceiros atuais, motivados por ciúmes, términos de relacionamento ou vingança, refletindo padrões de machismo e possessividade, como destacado por autoridades citadas no Gazeta Brasil.
Casos em Serafina Corrêa e Ronda Alta
Serafina Corrêa: Talia Pereira, de 26 anos, foi assassinada a tiros dentro de casa, na frente de suas filhas pequenas. O crime chocou a comunidade pela brutalidade e pelo impacto nas crianças que testemunharam o ocorrido.
Ronda Alta: Leobaldina, de 41 anos, e sua filha Diênifer, de 14 anos, foram mortas a facadas pelo companheiro de Leobaldina, que em seguida cometeu suicídio. Uma menina de 9 anos, também presente no local, conseguiu escapar pulando da sacada do apartamento e foi socorrida, recebendo atendimento médico. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio seguido de suicídio, e a Brigada Militar informou que não havia registros prévios de violência doméstica entre o casal.
Dos dez feminicídios, seis ocorreram na Sexta-Feira Santa (18 de abril), um número que reforça a urgência de medidas preventivas. Nenhuma das vítimas possuía medida protetiva ativa, o que aponta para falhas no acesso a mecanismos de proteção. Conforme o G1 e o Gazeta Brasil, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul anunciou a implementação de um sistema online para solicitação de medidas protetivas, previsto para entrar em funcionamento na semana seguinte aos crimes, com o objetivo de facilitar denúncias e proteger mulheres em risco.