Câmara Bento aprova projetos para parceria com hospital de Farroupilha
Vereadores de Bento Gonçalves aprovaram dois projetos de lei que beneficiam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)
Na sessão ordinária de segunda-feira, 24 de março, os vereadores de Bento Gonçalves aprovaram, por unanimidade, dois projetos de lei que beneficiam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O Projeto 27/2025 e Projeto 31/2025 autorizam o Município a firmar um termo de cooperação para a manutenção do atendimento médico, ambulatorial e hospitalar de alta e média complexidade em traumato-ortopedia com o Município de Farroupilha, que é o local de referência. Ambos os termos de cooperação têm validade até 31 de dezembro de 2025, com possibilidade de prorrogação.
O líder do governo, Duda Pompermayer (Progressistas), solicitou que os projetos fossem apreciados conjuntamente, já que tratam do mesmo tema. Ele destacou que o Hospital São Carlos, de Farroupilha, é referência em traumatologia e que, desta vez, o acordo inclui também atendimentos de média complexidade.
Thiago Fabris (Progressistas) comentou que o Hospital Público de Bento Gonçalves, quando estiver em pleno funcionamento, deverá se tornar referência em alguma área da Medicina, assim como o Hospital São Carlos é na cidade vizinha. Fabris também sugeriu uma reunião com a secretária de Saúde, Daiane Piuco, para esclarecimentos.
Moisés Scussel (MDB) apoiou a ideia, ressaltando que os vereadores são frequentemente questionados sobre a longa fila de espera no SUS. Ele enfatizou a importância de fiscalizar o serviço para verificar se os procedimentos estão sendo realizados, já que, segundo suas pesquisas, a fila continua aumentando.
Postal (PL) elogiou o projeto, mas criticou a demora na finalização do Hospital Público. “A gente aguarda isso com urgência, para ontem. Quem tem dor, quer ser atendido hoje”, afirmou.
José Antônio Gava (PSDB) alertou sobre o desafio que será administrar o hospital e apontou a necessidade de buscar equilíbrio na gestão. “Muitas vezes, nós todos somos culpados, porque vamos buscar emendas para construir um ginásio, para fazer isso, para fazer aquilo, e esquecemos do principal, que é a vida.”
Volmar Giordani (Republicanos) defendeu que o Município não tem condições de manter um hospital sozinho e sugeriu uma Parceria Público-Privada (PPP) como solução, além da possibilidade de instalar uma Faculdade de Medicina. “Colocaríamos Bento Gonçalves em um polo muito concorrido a nível estadual e nacional”, opinou.
Gabrielli (MDB) reforçou a importância de um bom planejamento para a conclusão da obra e destacou que há muitas reclamações sobre o atendimento de média complexidade na cidade.
Já Joel Bolsonaro (PL) discordou dos colegas que mencionaram dificuldades na gestão de um hospital público, afirmando que Bento Gonçalves é uma cidade pujante e com profissionais capacitados.
Edson Rogério Biasi (Progressistas) salientou que a prioridade do Município deve ser o atendimento básico e comemorou o avanço no atendimento de média complexidade em traumato-ortopedia.
Gilmar Pessutto (União) relembrou que, desde o lançamento do hospital, já se questionava a capacidade do Município de administrar a instituição e reiterou que a PPP é a melhor saída.
Lúcio Lanes (PDT) criticou a longa fila de espera para cirurgias, como as de catarata, e defendeu uma gestão mais eficiente. Ele também reforçou a necessidade de explicações por parte da secretária de Saúde.
Volnei Christofoli (Progressistas) afirmou que a saúde de Bento Gonçalves tem evoluído e destacou que parte dos atendimentos no Hospital Tacchini é feita pelo SUS. Segundo ele, o Município continua avançando em melhorias.
O presidente da Câmara, Anderson Zanella (Progressistas), declarou que a saúde da cidade é exemplar e enfatizou que, embora o Município tenha capacidade de gerir um hospital público, isso poderia comprometer suas finanças.
Ao final da discussão, os projetos foram aprovados por unanimidade, com 16 votos favoráveis.
Projeto de R$ 20
Os vereadores também aprovaram, de forma unânime, o Projeto 33/2025, que autoriza o Município a abrir um crédito especial de R$ 20,00.
De acordo com o texto do projeto, o crédito é necessário para o lançamento do edital de repasse de recursos da Lei Federal 14.399/2022 (Política Nacional Aldir Blanc — PNAB), que permitirá investimentos em projetos culturais.
Os recursos poderão beneficiar entidades (com ou sem fins lucrativos), pessoas físicas e jurídicas que atuam na produção, difusão, promoção e preservação de bens e serviços culturais, incluindo o patrimônio material e imaterial.
Assista à sessão completa do dia 24 de março: https://www.youtube.com/watch?v=r4BNOuK56QY
Fonte: Serra Nossa