Preocupado que as novas concessões de rodovias estaduais tragam tarifas de pedágio com valor alto, o governo do Estado tomou uma decisão: vai investir dinheiro público para realização de grandes obras. Dessa forma, as empresas não ficariam responsáveis por intervenções menores e pela manutenção das estradas selecionadas.
Parte deste recurso virá do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). As obras selecionadas precisarão estar relacionadas com reconstrução e resiliência.
Neste fundo serão depositadas as parcelas que o Palácio Piratini deixará de repassar à União para o pagamento da dívida, que foi suspenso por três anos. No período, o montante somará R$ 11,7 bilhões. A RS-118 é uma das rodovias que poderá receber estes recursos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está realizando a modelagem econômica dos dois blocos de rodovias que serão repassados para a iniciativa privada. Concluída essa etapa, ainda há a necessidade de realização de audiências públicas e avaliações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) antes da publicação do edital.
O bloco 1 envolve rodovias da Região Metropolitana de Porto Alegre, Litoral Norte e Região das Hortênsias – Gramado e Canela. O bloco 2 tem estradas do Vale do Taquari e Norte do Estado – Passo Fundo e Erechim.
Quando estas rodovias forem repassadas para a iniciativa privada, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deixará de existir. Essa é uma promessa do governador Eduardo Leite.