Artesanato gaúcho em lã e pele ovina será mapeado pela Emater

A Emater/RS-Ascar começa a realizar uma pesquisa em outubro sobre o artesanato em lã e pele ovina no Rio Grande do Sul. O objetivo é identificar as características dessa atividade, acompanhando as mudanças e as dinâmicas do setor, para planejar e executar ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) junto aos artesãos. Os resultados devem ser divulgados durante a Expointer de 2025.
De acordo com a extensionista da Emater/RS-Ascar Ivanir Maria Argenta Dos Santos, a pesquisa irá contribuir para a formulação de políticas públicas, conteúdos educativos e capacitação nesse segmento. Será formado um banco de dados com informações detalhadas sobre o processo produtivo e a comercialização dos produtos artesanais.
Com essa pesquisa, serão documentadas técnicas tradicionais do artesanato, que vêm desde as origens da formação do Estado. “É um processo que transforma o produto bruto em diversas peças com funções variadas, como itens de decoração, vestuário, utensílios, e que promove o resgate e a valorização da cultura local”, afirma Ivanir. Entre as peças tradicionais estão o baixeiro, que se usa na montaria do cavalo, e o poncho, item da indumentária campesina.
Ivanir ressalta ainda o fator da geração de renda e de oportunidades, ajudando as famílias para que possam permanecer no meio rural. “Contribui com a autonomia financeira das famílias, por agregar valor à matéria-prima e também muita independência financeira para as mulheres do meio rural”, conclui.
O processo de criação deste artesanato envolve desde a produção da própria lã. “Tem toda a cadeia produtiva, desde o cuidado com o bem-estar do animal, a tosquia, seleção de velos, para depois fazer o processo artesanal, a lavagem, a secagem, a cardagem desta lã, daí o artesão vai decidir se ele vai fazer fio ou se ele vai fazer feltro”, explica Ivanir.
Nos últimos anos, a Emater/RS-Ascar tem intensificado suas ações para qualificar o artesanato em lã no Rio Grande do Sul. A iniciativa evidencia a relevância social da ovinocultura e sua contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do Estado.
“A gente sabe quem faz, onde está, mas nós queremos estratificar por região institucional da Emater para ficar bem claro onde estão os nossos artesãos em lã e pele ovina”, diz Ivanir.
Fonte e foto: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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