Emprego melhora, mas desafios continuam

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2018, divulgados pelo Ministério da Economia, mostram um indiscutível cenário de recuperação dos níveis de emprego no país, pelo menos no que concerne à modalidade de carteira assinada.
Segundo o balanço, foi a primeira vez, desde 2014, quando teve início longo período de recessão econômica, que o Brasil apresentou saldo positivo na relação entre contratações e desligamentos. 
Foram 15,3 milhões de vagas preenchidas, ante 14,8 milhões de dispensas, com inflexão favorável de 529,5 mil postos de trabalho.
Minas Gerais foi o segun-do Estado do país no ranking dos que contrataram mais do que demitiram, com 81,9 mil vagas, ficando atrás apenas de São Paulo (146,5 mil) que teve praticamente o dobro do saldo obtido pelo terceiro colocado, Santa Catarina (41,7 mil).
Em Veranópolis, o saldo de 2018 também foi positivo. Segundo o Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS), a cidade teve 169 empregos a mais, entre demissões e novas vagas. A indústria da transformação e o comércio foram os que mais abriram postos de trabalho. Por outro lado, os setores que mais fecharam foram a construção civil e a extrativa mineral.
O setor que registrou me-lhor desempenho em números absolutos em 2018, no país, foi o de serviços, no qual foram criadas 45,4 mil vagas a mais do que as que foram desocupadas. 
No Brasil, também desta-caram-se os segmentos da construção civil (16,5 mil vagas de saldo) e do comércio (9,8 mil).
Analistas afirmam que, embora os números sejam motivo de comemoração, ainda é cedo para traçar uma curva ascendente e sólida nos indicadores de emprego – o que significaria, efetivamente, o fim da crise.
Nessa ótica, cabe ainda ao Governo Federal promover uma série de reformas, prome-tidas durante a campanha eleitoral, para oxigenar a economia nacional. 
Ainda são necessários, por exemplo, avanços e correções na legislação tra-balhista, para que se estimule a empregabilidade. Também é fundamental que, dentro de parâmetros de racionalidade e justiça, seja aprovada rapidamente a reforma da Previdência. 
O intuito de tais medidas deve ser fazer com que o país volte a atrair investimentos em setores diversos, elevan-do a oferta de postos de trabalho, melhorando a renda da população e, por consequência, dan-do saltos de patamar nos atuais indicadores socioeco-nômicos. 

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