Em.patia
Por que é tão difícil para algumas pessoas sentirem empatia a algo ou alguém?
Quando falamos sobre empatia, logo pensamos em pessoas ZEM, evoluídas espiritualmente, com um coração imenso, doce de pessoas. Mas empatia vai muito além disso. Empatia passa da limitação abstrata de ser simplesmente um sentimento; ela transcende a se tornar um princípio, uma inteligência, uma vertente do caráter. É muito fácil dizer que tem empatia por algo ou alguém, mas de fato você consegue memorizar e identificar cognitivamente e sentimentalmente as reações do seu corpo, ou fica só no pensamento? Não tem haver simplesmente com o ato, mas com o comportamento durante, pre e pós ato.
A empatia é sustentada por três pilares: afetivo, cognitivo e reguladores de emoções.
O pilar afetivo se baseia simplesmente na compreensão do estado emocional de uma situação e seus integrantes, é olhar o todo de uma visão mais ampla e sem julgamento, sentir como se você estivesse vivendo aquilo ou manifestando.
O pilar cognitivo é a capacidade em auxiliar os outros de maneira que não afete teu mental e ajude a estimular a pessoa a ter uma percepção melhor do todo; é analisar o fato e compreender qual melhor caminho racional e emocional a ser tomado para auxiliar essa situação.
O pilar de reguladores emocionais é aquilo que os antigos diriam “sangue frio”. É o ato de responder aos estímulos com equilíbrio e coerência, para que assim a situação não fuja do controle e se torne algo maior do que está se apresentando. É aprender não validar tudo como se fosse verdade e nem desvalidar tudo como se fosse inverdade, é saber que se está acontecendo a situação é porque ela habita em alguém e essa pessoa deve ser respeitada.
A empatia fala muito mais sobre a pessoa que a sente ou que não a sente do que propriamente sobre a outra pessoa. Quando a pessoa tem empatia, ela consegue guardar seus problemas ou suas dores para auxiliar algo ou alguém; ela tem maturidade de gestão, ela sabe que a vida é coletiva e individual. Uma vez que não olho para o lado, corro o risco de estar afetando a minha vida por consequência. Exemplo:
Muitas pessoas falam sobre respeito ao próximo. Exigem que esse respeito seja aplicado a elas, mas quando a mesma precisa dar espaço para alguém de mais idade sentar ou uma pessoa gestante, ela acha que por ela ser digna de respeito ela não precisa respeitar, então anula seu ato e cobra dos outros para que os façam, isso se chama hipocrisia e não empatia. Em resumo a empatia tem muita mais haver com maturidade do que com o ato de sentir algo por alguém. Lembra dos pilares? Se um deles não tiver alinhado, você não tem empatia. Tem sim, uma vontade de ser aceito por algo ou alguém. O que não fica claro, mas fica subentendido, empatia nada tem haver com atos egóicos. Na psicologia e nas neurociências contemporâneas, a empatia é uma “espécie de inteligência emocional”. Desenvolver essa inteligência é missão de cada um.